São mais de quatro horas diárias, ou mais! Para os mais intelectuais, chega a ser oito ou nove. Calma, meus amigos que foram deixados ao léu, estou me referindo às horas em que devemos passar para entender mais ou menos uma disciplina. Para o Português, não o de bigode, mas o nosso pisado nas paradas de ônibus, estrangulado nas faixas de revoltados com governos (e eu com seus erros), nas vias e ruas, com nossos contrabandistas, arruaceiros, bandidos, humildes e porque não dizer dos nossos analfa-líticos, políticos que estupram o idioma, como eu dizia, devemos dar a vida, não somente horas.
A revolta prossegue e procede, em todos os sentidos, mas não termina com revisões seguidas de críticas, e sim com muito estudo, muita dedicação e patriotismo. Aí, você me pergunta, "há árabes que vêm para o Brasil e dão aula de Português", como é caso da grande Dadi (Squarisi), revisora de um jornal local, e você tem razão, porque eles (sejam árabes ou não) admiram muito nosso idioma, tanto quanto o brasileiro!
Não deveria ser assim. Cada um possui uma admiração que não lhe apetece, a qual não se direciona ao seu caminho. Ou seja, temos que deixar de amar os valores alheios a deixar que os nossos sejam levados pelas enchentes, tsunamis, como lixos que vão e que vêm. Não se pode deixar que a Língua Portuguesa seja esse lixo. Temos tantos e notórios escritores que dão inveja aos de fora (aos ingleses, franceses, americanos, enfim..), e somos atenciosos às propagandas massivas dos bárbaros, que, sem querer querendo, conquistam nosso território.
Sei que a palavra patriotismo vem de longe, nos educa em relação ao país que temos; porém, se ele demonstra a seus filhos o mesmo tratamento de um padastro, nos revoltamos, e é aí que a LP entra, ou melhor, sai. A realidade é dura. Ela nos faz respirar um inconsciente, nos perder em devaneios racionais, sermos tragados pelo fogo imaginário da ilusão de que o correto é a mídia, com suas propagandas perfeitas, mas, no fundo raso, mostra o desamor ao que temos -- à própria Língua.
Por essa e por outras, temos que seguir nosso caminho particular em função de nossos objetivos, de nossos ideais. se quisermos sair do breu dentro qual somos filhos de uma mãe (sem ofensa!) que faz questão de dizer que somos moradores eternos de cavernas e que a "verdade" é o que dizem acerca do que devemos aprender.
Basta.
Vamos estudar nossa Língua!